Chapecoense 0x0 Cruzeiro - Classificados!
Em um confronto eliminatório, as características inerentes a um jogo normal, são exacerbadas ao extremo. Foi o que se viu na gélida Chapecó. Diante de 6387 torcedores, os donos da casa receberam o Cruzeiro pela volta do confronto válido pela Copa do Brasil. Após o revés no jogo de ida por 1x0, a equipe do oeste catarinense tinha a missão de vencer o time mineiro por 2 gols de diferença para avançar as quartas-de-final de maneira direta. Um novo 1x0, desta vez para o time da casa, levaria a partida para as disputas de pênaltis. O Cruzeiro foi a campo com o esquema tático que deu a vitória sobre o Santos no domingo na Vila Belmiro. Sem Dedé (poupado) Arrascaeta (lesionado) e Rafael Marques (impossibilitado de disputar a competição) o Cruzeiro iniciou a partida com Fabio, Romero, Léo, Caicedo, D.Barbosa. No meio Hudson, Cabral e Henrique e, mais avançados, Rafinha, Thiago Neves e Abila. A partida iniciou com os visitantes assumindo as rédeas do jogo. Procurando repetir a estratégia que funcionou na partida anterior, parecia que o time celeste teria tranquilidade diante dos donos da casa.
Contudo, com o passar do tempo, a Chapecoense equilibrou as ações e teve o domínio da partida, sobretudo com lançamentos à área, exigindo muito do sistema defensivo cruzeirense.
Foram 34 cruzamentos do time alviverde, muitos deles sem grande perigo, mas quando estes eram cortados, a bola sobrou várias vezes para jogadores da Chapecoense, gerando chutes que foram contidos com boas intervenções do goleiro Fábio.
Embora o time de Vagner Mancini tivesse a bola nos 45 minutos iniciais, o time de Mano Menezes conseguiu controlar razoavelmente bem a partida. Sem fazer um grande primeiro tempo, a equipe celeste teve a chance de marcar, aos 43 minutos Hudson recebeu livre dentro da área, mas o volante desperdiçou o gol, após grande jogada de Romero, o jogador celeste bateu fraco no meio do gol, facilitando a defesa do goleiro da Chapecoense. Na etapa final, já que precisava de gols, pois o 0x0 favorecia os visitantes, os donos da casa reforçaram a estratégia da etapa inicial, apostando nos latereios de Reinaldo e em lançamentos a área adversária, o time alviverde ganhou diversas disputas pelo alto, e logo aos 2 minutos, em escanteio pelo lado direito, Vitor Ramos subiu e desviou para Wellington Paulista abrir o placar, mas segundo o arbitro o zagueiro cometeu falta em Hudson, o lance não é conclusivo, o jogador celeste não faz menção de ter sido impossibilitado de disputar a bola, o contato existiu, mas a intensidade não configuraria lance faltoso.
No entanto dizer que o gol foi anulado é improcedente, pois os artífices cruzeirenses pararam na jogada, logo quando Péricles Bassols apitou a infração. Esse lance deu a tona do que foi a segunda etapa, pressão do time alviverde e muita reclamação sobre a arbitragem. Postado na defesa, o Cruzeiro não conseguia acelerar as jogadas quando tinha bola e apelava pros lançamentos a frente, nesse contexto o atacante Abila fez uma partida onde sua presença fora despercebida. Inútil no jogo aéreo e pouco móvel pra conduzir os contragolpes, o sistema ofensivo foi praticamente nulo nos minutos derradeiros. A rigor a única chance clara de gol do time alviverde foi em mais um cruzamento pra área celeste, a bola espirrada pela defesa, sobrou pra Nadson, livre a poucos metros da meta celeste, fatalmente o gol iria sair, mas Hudson se interpôs a frente da bola salvando o que seria o gol dos donos da casa, no rebote Reinaldo de perna direita em belo chute acertou o travessão, inflamando de vez o estádio.
Aos 27 minutos Ramón Abila saiu e deu lugar a Raniel, autor do gol no jogo de ida. Com o atacante em campo, o Cruzeiro teve suas melhores chances na etapa final, uma aos 32' com o próprio Raniel, que chutou torto após excelente passe de Diogo Barbosa. E no minuto seguinte, após contra-ataque rápido puxado por Thiago Neves, a bola sobrou pra Rafinha que errou o alvo, desperdiçando a melhor chance do jogo pros visitantes.
Como o diz o ditado", quem não faz leva", e por muito pouco não foi o que aconteceu. O time de Mano Menezes flertou com a eliminação, embora o time de Vagner Mancini não tenha exigido grandes intervenções do goleiro celeste. Cessada a pressão, a arbitragem foi motivo de muitas reclamações dos donos da casa, principalmente nos minutos finais, a Chapecoense alegou que o árbitro omitiu um pênalti no atacante Rossi após disputa com Diogo Barbosa na área e que o bandeira impediu um gol legítimo de Luiz Otavio o que levaria a partida para as penalidades máximas.
Contudo as reclamações são inválidas, nos dois lances a arbitragem acertou em suas marcações.
Jogo encerrado 0x0 e o Cruzeiro está classificado as quartas-de-final da Copa do Brasil, não foi a melhor exibição do mundo, mas o time mineiro se junta aos 7 oriundos da Libertadores e assim como os outros conhecerá o adversário após sorteio no próximo dia 5 (segunda-feira) na sede da CBF as 11:00 pra conhecer seu oponente. O Cruzeiro volta a campo no próximo domingo, novamente em enfrentamento com o time de Chapecó, dessa vez em confronto pelo Brasileirão, às 19 horas, no Mineirão.
FICHA TÉCNICA CHAPECOENSE 0 x 0 CRUZEIRO
Local: Arena Condá, em Chapecó (SC) Data: 01 de junho, quinta-feira Horário: 21h30 (de Brasília) Árbitro: Pericles Bassols (PE) Assistentes: Clovis Amaral da Silva (PE) e Cleberson Nascimento Leite (PE) Cartões: Lucas Romero, Henrique, Fábio, Diogo Barbosa, Cabral (Cruzeiro); Wellington Paulista, Rossi (Chapecoense)
CHAPECOENSE: Jandrei, Apodi, Luiz Otávio, Victor Ramos, Reinaldo, Girotto, Luiz Antônio (Niltinho), Nadson (Nenem), Rossi, Wellington Paulista (Túlio de Melo) e Artur Caike. Técnico: Vagner Mancini
CRUZEIRO: Fábio, Lucas Romero (Rafinha), Caicedo, Léo, Diogo Barbosa, Henrique, Hudson, Ariel Cabral, Thiago Neves (Lucas Silva), Alisson e Ramon Ábila (Raniel). Técnico: Mano Menezes.
Fotos: (1) (2) Marcio Cunha/Light Press/Cruzeiro
Por: @_rodrigobvb
Comments