Oportunidades...
A vida é repleta de oportunidades. Seja uma promoção no emprego, a chance de conhecer um lugar diferente ou uma pessoa legal. E elas aparecem na maioria das vezes quando não se espera. Estar preparado é um pré-requisito básico para se dar bem.
No futebol não é muito diferente. As oportunidades chegam para todos e estar preparado é a melhor maneira de se destacar e chamar a atenção dos interessados pelo tema. Diferentemente da vida, as oportunidades no futebol chegam geralmente em uma data escolhida alguns dias antes. A partida de domingo, entre Cruzeiro e Tricordiano, é um exemplo claro disso.
Um jogo entre um grande e um time do interior seria uma oportunidade perfeita para testes, e eles foram feitos. Mano Menezes optou por mandar a campo um time com apenas dois tidos como titulares, Rafael e Léo, visando descansar os jogadores principais para o preenchido calendário que está por vir, e dar ritmo de jogo e oportunidades de mostrar serviço a maioria do elenco. Quando perguntado sobre a formação diferente, o comandante celeste disse que ainda não tem definido o time titular e que vai precisar de todo o plantel durante o ano.
Jogadores recém-chegados, como o colombiano Caicedo e Hudson, alguns procurando novamente seu espaço após contusões, como o Mayke, e outros que perderam espaço ou que estão na disputa pela titularidade, como é o caso de Romero e Abila, foram convocados a mostrar seu futebol e abraçar a chance concedida. Apesar da falta de entrosamento, minimizada pelo treinamento da semana, algumas peças conseguiram certo destaque. Abila mostrou seu instinto matador. Caicedo aparentou ser seguro e consciente, apesar de alguns erros bobos compreensíveis da estreia. Mayke não comprometeu e se mostrou em forma pra quem ficou parado por quase um ano. Hudson e Romero novamente demostraram segurança defensiva. Raniel com bons dribles e finalizações, sendo bem lapidado poderá ser muito útil no futuro.
Num jogo repleto de oportunidades, algumas se mostraram desperdiçadas. Entre elas a dada ao garoto Elber, que novamente não rendeu saindo entre os titulares e vai cada vez mais se “firmando” como um jogador de segundo tempo. O considerado titular Léo também perdeu mais uma chance de se firmar, com erros bobos na saída para jogo e um tempo de bola errado no lance do gol da equipe de Três Corações, o zagueiro deixou a partida mais emocionante do que necessitava ser. O arbitro, Antônio Márcio da Silva, e seus assistentes, também não se saíram bem e demonstraram o baixo nível da Federação Mineira no que diz respeito à arbitragem.
A oportunidade mais gritante perdida, sem duvidas, foi a da diretoria celeste, que novamente afastou o público do estádio, cortando dos sócios o beneficio de ingressos extras e deixando as arquibancadas angustiantemente vazias. Em época de vacas magras para todos e de um campeonato não tão valorizado como o Mineiro, a diretoria celeste deveria entender que 20.000 pagando R$ 20,00 seria mais viável que 6.000 pagando R$ 50,00, não somente finaceiramente, mas também para a beleza do espetáculo chamado Futebol!