Análise do Jogo: Cruzeiro 2x1 atlético Vencer o Clássico é bom... Só faltou querer golear.
Nesta tarde o Mineirão foi palco de mais um clássico. Em um jogo pegado e com alguns lances polêmicos, o Cruzeiro recebeu o time de Vespasiano e aumentou a sua invencibilidade. Os visitantes vieram a campo com Giovanni; M. Rocha, L. Silva, Gabriel e F. Santos; R. Carioca, Elias, Cazares e Otero; Robinho e Fred. Já o Gigante das Minas Gerais, foi escalado com Rafael; Ezequiel, Leo, Manoel e Diogo Barbosa; Hudson, Ariel Cabral, Thiago Neves, Rafinha e Arrascaeta; à frente Rafael Sóbis.
O “time 100%” viu, logo aos 1 minuto e meio de partida, que essa insignificante marca enaltecida pela imprensa mineira cairia por terra. Os alvinegros tentavam construir uma jogada e Diogo Barbosa se antecipou a Marcos Rocha, tocando para Sóbis, que mostrou muita habilidade para dominar e lançar o próprio camisa 6, que escorou de cabeça para Arrascaeta. O camisa 10 deixou para Thiago Neves chutar da entrada da área e marcar, após uma bisonha falha de Giovanni. Mal começava o jogo e o Mineirão era palco da festa azul. O gol sofrido desmontou o time de Vespasiano, que tentava sempre alçar bolas na área na esperança de encontrar o decadente Fred. O camisa 9, inclusive foi expulso aos 25 por dar um soco em Manoel em um escanteio. Alheia a isto, a equipe de Mano mostrava um meio de campo ágil e de muito bom toque de bola. Tiago Neves mais à direita, Arrascaeta centralizado e Rafinha na esquerda. Sóbis se movimentava bastante à frente, confundindo o sistema defensivo do time de Roger. A defesa se postava bem, mesmo permitindo que o adversário alçasse algumas bolas na área. Cabral ainda marcou um gol, corretamente anulado pela arbitragem e o primeiro tempo terminou com vantagem celeste.
Para o segundo tempo, esperava-se mais movimentação do adversário, que trocou Cazares por Luan ainda no primeiro tempo, mas o Cruzeiro agrediu o adversário desde os primeiros lances. Aos 5, Cabral recebeu uma amarelo e aos 13 foi substituído por Lucas Silva. No lance seguinte, Ezequiel cobrou um Lateral pegando a defesa do adversário desprevenida. Sóbis escorou de cabeça para Tiago Neves que, com muita calma, serviu Arrascaeta entrando na área. O uruguaio colocou a bola à frente e mandou para o gol em mais uma falha do bisonho Giovanni (problema é do rival se não tem Rafael e Fábio). Aos 22, Diogo Barbosa sentiu e deu lugar à Fabrício e, aos 32, Rafinha saiu para a entrada de Ábila. O time de Vespasiano diminuiu aos 42 com Elias e chegou a marcar outro gol aos 46. Corretamente anulado. Fim de Jogo: 2x1 e muita, muita festa celeste.
Neste confronto de times dirigidos por técnicos gaúchos, fiquei com a impressão de que o time do Cruzeiro poderia ter feito mais. Hudson e Diogo Barbosa foram muito bem, além do Trio de meias e Sóbis. Ainda sim, houve vários momentos em que o time não era tão incisivo e priorizava apenas a posse de bola. O Cruzeiro poderia ter aplicado mais uma goleada no rival, ainda mais tendo aberto o placar da forma que fez. Um frango tira toda a confiança do goleiro. Faltaram mais chutes! Mesmo com o “badalado” meio de campo do rival, Rafael apareceu apenas em bolas levantadas na área e chutes de fora no primeiro tempo. No segundo, infelizmente a defesa celeste falhou no gol sofrido. É inadmissível um jogador como Rafael Moura passar aos trancos e barrancos por 4 defensores e ainda dar uma assistência. Mano Menezes substituiu corretamente Cabral (amarelado) por Lucas Silva, mas o camisa 16 acabou criando duas boas oportunidades para o adversário. A Saída de Rafinha por Ábila não fez o efeito desejado. O Camisa 70, além de incomodar bastante a defesa adversária, ajudava muito na marcação. O Camisa 9 teve uma boa oportunidade, mas foi a única bola recebida. O importante é que vieram os três pontos, que se tratando de clássico, são os três pontos mais saborosos da competição. Agora são 7 jogos de invencibilidade. Desde a saída do Marcelo Oliveira, hein?
OBS: Na saída do estádio me deparei com um cadeirante saindo ali do portão D e mostrando muita felicidade. Sei que vários fatores podem dificultar a ida ao estádio, da violência à situação econômica do país, porém deixo esta imagem e uma pergunta a quem não tem ido acompanhar o Cruzeiro: “Qual o motivo para não ir ao Mineirão?" Neste mês de abril teremos uma sequência pesada de jogos. O Cruzeiro precisa do nosso apoio!
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